OCC - Organização de Combate à Corrupção
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A ESTRATÉGIA GRAMSCIANA
Aprende-se na escola que o socialismo é um sistema econômico onde a propriedade privada é abolida e tudo passa a ser do Estado. Ora, como no Brasil a economia continua a ser capitalista, com empresas, lojas, empreendedores, bancos, etc, quem disser que estamos próximo a uma ruptura rumo ao socialismo marxista vai arrancar alguns sorrisos. "Ah, bobagem, vivemos numa economia de mercado, isso não existe".
Mas o que a escola não ensina é o processo. Ele é primariamente político. A economia vem depois, num espaço de 50, 100 anos. O modelo chinês é um bom exemplo: ditadura de partido único com economia capitalista. A Venezuela bolivariana é outro: manobras legais para a perpetuação no poder, mas com bases capitalistas. Mesmo na União Soviética cerca de 50% da economia era capitalista. Cuba não é totalmente planificada, pode-se comprar, vender e até realizar pequenos empreendimentos.
A estratégia gramsciana, hoje em curso no Brasil, é uma das maneiras de conquistar o poder político típico dos regimes socialistas. Gramsci foi um teórico marxista italiano. Ele criou o conceito de hegemonia e afirmava que a revolução cultural deve preceder a revolução política.
O que é a revolução cultural? É o que vemos todos os dias: defesa do controle social da mídia, relativização de valores consolidados, propostas que causem escândalo e deixem as pessoas confusas (como o recente financiamento de R$ 2,8 milhões pela Lei de Incentivo à Cultura para um estilista brasileiro apresentar-se em Paris), mensalão, discurso agressivo apontando a "direita" como responsável pelas injustiças sociais, ocupação de espaços em escolas, sindicatos, internet, igrejas, tentativas de desmonte de ONGs tradicionais (como as APAEs), etc. Basta acompanhar o noticiário.
Mas para isso é preciso muito dinheiro a fim de financiar as atividades e pagar profissionais. De onde vem os recursos? Do próprio governo: patrocínios de estatais, cargos, convênios nacionais e internacionais (como o que trouxe os médicos cubanos), projetos especiais, pagamentos de cachês a artistas de massa. Por essa razão é que um projeto socialista, ao contrário do que muitos pensam, não ocorre num país miserável. É necessário que haja um certo grau de riqueza econômica para que se financie.
Em que estágio se encontra a revolução cultural no Brasil? Bem avançado. Já passamos da fase de transição (os dois governos Lula) para a de ruptura. Engana-se quem ache que a presidente Dilma conduza esse processo. O centro de decisões é o chamado Foro de São Paulo, ponto de encontro das esquerdas revolucionárias latino-americanas que se reúne anualmente para traçar estratégias e metas.
Um ponto nevrálgico para a ruptura é o processo do mensalão porque envolve um teste de resistência das instituições. Os condenados pelo STF, por terem comprado votos de parlamentares, não se consideram culpados por isso; ao contrário, possuem a convicção de que se sacrificaram no melhor interesse do país contra a "democracia burguesa" representada pelo Congresso Nacional. Vêem-se a si mesmos como mártires da causa. Os partidos a que pertencem, idem.
O conceito de hegemonia de Gramsci ficou claro no resultado dos embargos infringentes: a eternização do julgamento foi conquistada graças à nova composição do STF por dois ministros recentemente indicados pela presidente Dilma.
Esse o cenário atual do país. Que o leitor tire suas próprias conclusões.
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OCC ++
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A ESTRATÉGIA GRAMSCIANA
Aprende-se na escola que o socialismo é um sistema econômico onde a propriedade privada é abolida e tudo passa a ser do Estado. Ora, como no Brasil a economia continua a ser capitalista, com empresas, lojas, empreendedores, bancos, etc, quem disser que estamos próximo a uma ruptura rumo ao socialismo marxista vai arrancar alguns sorrisos. "Ah, bobagem, vivemos numa economia de mercado, isso não existe".
Mas o que a escola não ensina é o processo. Ele é primariamente político. A economia vem depois, num espaço de 50, 100 anos. O modelo chinês é um bom exemplo: ditadura de partido único com economia capitalista. A Venezuela bolivariana é outro: manobras legais para a perpetuação no poder, mas com bases capitalistas. Mesmo na União Soviética cerca de 50% da economia era capitalista. Cuba não é totalmente planificada, pode-se comprar, vender e até realizar pequenos empreendimentos.
A estratégia gramsciana, hoje em curso no Brasil, é uma das maneiras de conquistar o poder político típico dos regimes socialistas. Gramsci foi um teórico marxista italiano. Ele criou o conceito de hegemonia e afirmava que a revolução cultural deve preceder a revolução política.
O que é a revolução cultural? É o que vemos todos os dias: defesa do controle social da mídia, relativização de valores consolidados, propostas que causem escândalo e deixem as pessoas confusas (como o recente financiamento de R$ 2,8 milhões pela Lei de Incentivo à Cultura para um estilista brasileiro apresentar-se em Paris), mensalão, discurso agressivo apontando a "direita" como responsável pelas injustiças sociais, ocupação de espaços em escolas, sindicatos, internet, igrejas, tentativas de desmonte de ONGs tradicionais (como as APAEs), etc. Basta acompanhar o noticiário.
Mas para isso é preciso muito dinheiro a fim de financiar as atividades e pagar profissionais. De onde vem os recursos? Do próprio governo: patrocínios de estatais, cargos, convênios nacionais e internacionais (como o que trouxe os médicos cubanos), projetos especiais, pagamentos de cachês a artistas de massa. Por essa razão é que um projeto socialista, ao contrário do que muitos pensam, não ocorre num país miserável. É necessário que haja um certo grau de riqueza econômica para que se financie.
Em que estágio se encontra a revolução cultural no Brasil? Bem avançado. Já passamos da fase de transição (os dois governos Lula) para a de ruptura. Engana-se quem ache que a presidente Dilma conduza esse processo. O centro de decisões é o chamado Foro de São Paulo, ponto de encontro das esquerdas revolucionárias latino-americanas que se reúne anualmente para traçar estratégias e metas.
Um ponto nevrálgico para a ruptura é o processo do mensalão porque envolve um teste de resistência das instituições. Os condenados pelo STF, por terem comprado votos de parlamentares, não se consideram culpados por isso; ao contrário, possuem a convicção de que se sacrificaram no melhor interesse do país contra a "democracia burguesa" representada pelo Congresso Nacional. Vêem-se a si mesmos como mártires da causa. Os partidos a que pertencem, idem.
O conceito de hegemonia de Gramsci ficou claro no resultado dos embargos infringentes: a eternização do julgamento foi conquistada graças à nova composição do STF por dois ministros recentemente indicados pela presidente Dilma.
Esse o cenário atual do país. Que o leitor tire suas próprias conclusões.
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