País tem déficit comercial de US$ 3 bi no 1º semestre, o pior em 18 anos
Em junho, contudo, o comércio exterior registrou um superávit de US$ 2,4 bilhões
01 de julho de 2013 | 15h 51
Célia Froufe, da Agência Estado
BRASÍLIA - A balança comercial brasileira encerrou o primeiro semestre com déficit de US$ 3 bilhões, ante um superávit de US$ 7,061 bilhões no mesmo período do ano passado. O resultado divulgado hoje é o pior para o primeiro semestre desde 1995, quando ficou em US$ 4,227 bilhões. Em junho, porém, o comércio exterior deu sinais de reversão e registrou um superávit de US$ 2,394 bilhões. As exportações alcançaram US$ 21,227 bilhões em junho, com média diária de US$ 1,061 bilhão. As importações totalizaram US$ 18,833 bilhões e média diária recorde para meses de junho, de US$ 941,7 milhões.
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O saldo comercial do mês passado é 196,65% superior ao de junho de 2012, quando ficou positivo em US$ 807 milhões. Em junho de 2011, o superávit foi de US$ 4,4 bilhões e, em junho de 2010, de US$ 2,28 bilhões.
Ao longo do primeiro semestre até maio, o resultado comercial brasileiro foi penalizado pela contabilização das importações de petróleo pela Petrobrás relativas a 2012. Segundo a secretária de comércio exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o registro das importações de petróleo e derivados da estatal foi finalizado em maio e, nos primeiros cinco meses do ano, chegou a US$ 4,589 bilhões.
Segundo os dados do MDIC, as exportações no acumulado dos seis primeiros meses do ano somam US$ 114,516 bilhões, com média diária de US$ 931 milhões. Por outro lado, as importações somam US$ 117,516 bilhões, com média diária de US$ 955,4 milhões.
As vendas de manufaturados cresceram 0,4% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2012, para US$ 42,766 bilhões. Já os produtos básicos e semimanufaturados registraram queda no período. No caso dos básicos, a retração foi de 0,9%, para US$ 54,458 bilhões, e no de semimanufaturados, a queda foi de 2,2%, para US$ 14,662 bilhões.
Com relação à exportação dos produtos básicos, houve diminuição de receitas de petróleo em bruto (-48,5%), algodão em bruto (-27,3%), café em grão (-13,0%) e carnes suínas (-7,0%), entre outras. Dentro dos semimanufaturados, as maiores quedas foram nas vendas de óleo de soja em bruto (-48,7%), semimanufaturados de ferro/aço (-34,0%), ferro fundido (-24,6%) e ferro-ligas (-20,8%).
No grupos dos manufaturados, o crescimento das exportações, no primeiro semestre, foi identificado principalmente em plataforma para extração de petróleo (509,1%), etanol (67,6%), hidrocarbonetos e derivados (34,8%), sucos de laranja congelado (32,6%) e automóveis de passageiros (32,0%).
Já em relação às importações, houve aumento de 12,5% nas compras de combustíveis e lubrificantes no primeiro semestre do ano; de 8,5% de matérias-primas e intermediários; 8,4% em bens de capital e 4,3% de bens de consumo.
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