Cena
brasileira
O médico José Guilherme Vartanian apareceu
hoje na mídia nacional - como na entrevista à Globo News - para falar do
tratamento do câncer do ex-presidente Lula. Ele não aparecia tanto em veículos
de comunicação desde que, em dezembro de 1992, matou a socos e pontapés o
maringaense Marcos Takashi Kawamoto, na frente do bar Ópera. Marcos, que
trabalhava no Japão, estava em Maringá para passar o Natal com a família;
Vartanian, que estudava Medicina na UEL, em Londrina, perseguiu a vítima antes
de espancá-la até a morte. O caso andou lentamente; em primeira e segunda
instância, decidiu-se que ele iria a júri popular; quando o caso chegou em
Brasília, ficou cinco anos parado, até obter o voto do ministro Hamilton
Carvalhido, que apontou a prescrição. A lei estabelece que o prazo para a
prescrição é reduzido à metade quando o réu tem menos de 21 anos. A família de
Marcos, que havia feito passeata em Maringá e protestado defronte o TJ-PR, até
hoje não compreende a falta de justiça do caso.
À época, o advogado
Israel Batista de Moura, assistente de acusação, apresentou pedido de
providências contra a demora no STJ, que começava com uma frase de Rui Barbosa:
"Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta". Em 2008, 16 anos depois
da morte, o caso foi declarado prescrito, sem punição a Vartanian, hoje sob os
holofotes da imprensa.
É interessante como, realmente, a matéria
atrai a matéria, na razão direta das massas e na razão inversa do quadrado das
distâncias. O que tem isso a ver? Tudo! Bandido só anda com
bandido!
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