Atualizado: 11/9/2011 10:19
Infraestrutura brasileira piora pelo 2º ano seguido
A qualidade da infraestrutura brasileira piorou em relação ao
resto do mundo pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, no entanto, o País
despencou 20 posições no ranking global de competitividade do Fórum Econômico
Mundial, de 84º para 104º lugar. Em 2010, já havia perdido três colocações por
causa da lentidão do governo para tirar projetos importantes do papel.
A tendência não é nada animadora. Na avaliação de
especialistas, com a paralisia verificada em algumas áreas este ano a situação
tende a piorar. É o caso da malha rodoviária. No ranking mundial, elaborado com
base na opinião de cerca de 200 empresários nacionais e estrangeiros, a
qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posições e está entre as 25 piores
estruturas dos 142 países analisados.
A preocupação é que, depois dos escândalos de corrupção no
Ministério dos Transportes, muitas obras estão paralisadas. Segundo dados do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foram suspensos
41 editais, que estão sendo liberados de acordo com a prioridade do
ministério.
O órgão destaca, entretanto, que esses processos estavam em
diferentes estágios, alguns na fase anterior à abertura das propostas. Apesar
disso, afirma que conseguiu executar R$ 1,2 bilhão em agosto. Mas será preciso
bem mais energia para melhorar a posição no ranking mundial, avalia o consultor
para logística e infraestrutura da Confederação Nacional de Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet.
Ele destaca que já esperava essa piora do País em relação ao
resto do mundo. 'A economia brasileira está crescendo e a infraestrutura está
estagnada, em deterioração.' Um dos pontos críticos, na opinião do executivo, é
o sistema portuário, que recebeu nota de 2,7 pontos (quanto mais próximo de 1,
pior). Com isso, a qualidade dos portos brasileiros caiu sete posições e está
entre os 13 piores sistemas avaliados pelo Fórum Econômico Mundial. Entre todas
as áreas, os portos ocupam a pior posição, 130º. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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