terça-feira, 12 de julho de 2016

Petistas entram em colapso narrativo após queda de Cunha

 Ceticismo Político

Petistas entram em colapso narrativo após queda de Cunha

by lucianohenrique
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Sul Connection comenta como a renúncia de Cunha parece ter "travado" o discurso petista nos últimos dias:
Eduardo Cunha entregou seu cargo de Presidente da Câmara. O fez na esperança de ao menos conservar o mandato, que deverá ser cassado de qualquer modo. E com isso os petistas perdem um de seus mais famosos chavões nesse período que compreende o impeachment: questionar sobre Eduardo Cunha.
O agora ex-presidente da Câmara vive seus estertores políticos, com uma influência muito menor do que tinha durante o ápice da crise política em 2105. Naquela época, já alvo das investigações da Lava Jato, tornou-se costumeiro que, a qualquer nova denúncia envolvendo integrantes ou aliados do PT, seu nome fosse lembrado como alvo das investigações, como se os contrários ao antigo governo o ignorassem.
Alegando ser uma contradição dos contrários ao governo, os petistas incorriam eles mesmos em grave contradição, já que alertavam para o envolvimento também de Cunha na Lava Jato mas não o de Renan Calheiros. É que Renan, ao contrário do ex-presidente da Câmara, jamais rompeu publicamente com Dilma ou com o PT. Tendo serventia, absolvem-se todos pecados. Nenhum integrante do partido jamais gritou "E o Calheiros?" E nem perguntará, agora que Cunha já faz parte do passado.
Os petistas já não tem mais a quem culpar, a não ser a CIA e o FBI, por óbvio.
Em tempo: a tática de personalização na política não é algo novo. O PT conhecia a regra definida por Saul Alinsky, que dita: (1) escolha o alvo, (2) congele o alvo, (3) personalize o alvo, (4) polarize em relação ao alvo.
Assim, o PT não conseguiria lutar "contra o processo de impeachment". Para isso, agiu de forma matreira, contando com pessoas do STF para que rejeitassem o rito do impeachment. Como se sabe, no rito original, bastaria que Cunha rejeitasse o pedido de impeachment para que a requisição fosse ao plenário, com a sequência do processo podendo ser aprovada por maioria simples. Quando o STF vetou essa possibilidade, fez com que a única alternativa de pressão para aceitar o processo fosse Cunha. E tudo foi muito bem planejado, pois a partir desta jogada (mais uma vez, imoral) do STF, foi construída a narrativa dizendo que "o impeachment é do Cunha".
Mas agora, com a queda do presidente da Câmara, a narrativa perde boa parte de seu poder de fogo.

Para adquirir o livro “Liberdade ou Morte”, você pode consultar o site da Livraria Cultura ou da Saraiva.
lucianohenrique | 11 de julho de 2016 às 11:47 pm | Categorias: Uncategorized | URL:http://wp.me/pUgsw-fY2

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