domingo, 22 de janeiro de 2017

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O Antagonista

 
 

22 de Janeiro de 2017


"Não podemos descartar a hipótese de acidente provocado"


Com 20 anos de Polícia Federal, o presidente da Fenapef, Luís Boudens, lembra o histórico de crimes políticos no país

Por Márcio Juliboni

Pode ter sido uma inimaginável coincidência que Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, tenha morrido a poucos dias de homologar a “mãe de todas as delações” – a bomba armada pelos executivos da Odebrecht. Mas, para alguém com 20 anos de Polícia Federal, não é possível ignorar nenhuma hipótese, inclusive a de que a queda do avião não foi um infeliz acidente.

“O histórico recente do Brasil contém diversos casos de assassinato de cunho político”, afirma Luís Antônio de Araújo Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Veja a conversa com O Antagonista:

O Antagonista: Quão importante é esclarecer as circunstâncias da morte de Teori?

Luís Antônio de Araújo Boudens: Teori era o relator da Lava Jato no STF, já que a operação investiga diversos políticos com foro privilegiado. Seu papel abrangia todas as requisições da Polícia Federal envolvendo essas pessoas, além da homologação das delações premiadas. Sua morte não pode trazer prejuízos à Lava Jato. Em segundo lugar, é necessário analisar tudo o que cerca o acidente para prestar contas à sociedade. Circulam relatos de ameaças a ele e à família.

O Antagonista: Há quem diga que falar de atentado é teoria da conspiração. O senhor concorda?

Boudens: O histórico recente do Brasil contém diversos casos de assassinato de cunho político. É a popular queima de arquivo. Temos o Celso Daniel, por exemplo. Isso mostra que o Brasil não está imune a essa prática. O contexto geral da morte de Teori justifica uma investigação muito precisa e muito cautelosa. Com 20 anos de Polícia Federal, sendo 15 na área de inteligência, digo que é preciso um trabalho muito apurado.

O Antagonista: Falando objetivamente, não se pode descartar que foi um atentado?

Boudens: Não se pode descartar essa hipótese. É preciso respeitar o luto da família; esse momento de dor. Mas não podemos esquecer de que há essa hipótese de acidente provocado. Não podemos desconsiderar que isso pode ter sido feito por uma organização criminosa.
 


 
 
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