Vitamina E pode gerar risco de câncer de próstata?
Especialista do Instituto do Câncer Mãe de Deus comenta a respeito
Especialista do Instituto do Câncer Mãe de Deus comenta a respeito
Se os suplementos vitamínicos podem ter uma contribuição na prevenção dos vários tipos de câncer é uma questão que estimula as pesquisas científicas e o imaginário popular. Mas, estudo demonstrou que a ingestão de vitamina E pode ser um fator de risco para o câncer de próstata.
Um grande estudo, realizado com o objetivo de avaliar a diminuição de casos de câncer de próstata em homens que tomaram vitamina E ou selênio, demonstrou que nenhuma das duas drogas, sua combinação ou placebo reduzem o risco de câncer de próstata. No entanto, ao contrário do que os pesquisadores esperavam, a ingestão de vitamina E aumentou o risco de câncer de próstata.
O estudo, publicado recentemente no The Journal of the American Medical Association (JAMA), revelou que homens que tomaram vitamina E apresentaram um aumento de 17% na incidência de câncer de próstata em relação aos que receberam placebo. Esse estudo envolveu 54.464 homens acima de 50 anos.
Segundo o oncologista Dr. Luiz Bruno, do Instituto do Câncer Mãe de Deus, há a crença de que as vitaminas são saudáveis e não fazem mal à saúde. Além disso, há uma crescente preocupação mundial com a automedicação, que é um problema reconhecido.
"Esse estudo, de tamanho considerável, nos faz refletir sobre se já sabemos o suficiente sobre drogas na prevenção do câncer e, também, nos riscos da mania mundial de que ingerir suplementos, incluindo vitaminas", diz Dr. Luiz.
A esse respeito, o especialista acrescenta que é muito importante que qualquer suplemento alimentício seja usado por prescrição médica, pois cada vez mais as pesquisas esclarecem o papel que possa ter na saúde das pessoas.
O câncer de próstata é o segundo mais comum em homens em todo o mundo. Devido à quantidade significativa, essa doença acaba sendo uma boa candidata a estudos de base populacional.
Os fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento desse tipo de câncer são: a hereditariedade, a origem étnica e o aumento da idade. Contudo, as variações geográficas nas taxas de incidência sugerem que os fatores ambientais tenham também contribuições importantes.
Dentre esses fatores, os micronutrientes (vitaminas e minerais) têm um importante papel na regulação celular, ocasionando mudanças, inclusive, no DNA (código genético). Assim, a interação entre os fatores de risco conhecidos e a ingestão de suplementos vitamínicos pode influenciar na incidência do câncer de próstata.
Saiba mais sobre o Dr. Luiz Bruno (CRM RS 10415)
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1979). Residência em Cirurgia Geral no Hospital de Clinicas da Universidade Federal do RGS (1980-1981). Residência em Medicina Interna no Jacson Memorial Hospital/Universidade de Miami (1990-1993). Fellowship em Hematologia e Oncologia no Jacson Memorial Hospital/Sylvester Comprehensive Cancer Center, Universidade de Miami (1993-1996). Certificação para o exercício da medicina pelo Department of Professional Regulation Board of Medicine do estado da Florida (1992). Diplomado pelo American Board of Internal Medicine (1995). Especialista em Cancerologia pela Sociedade Brasileira de Cancerologia (1999). Membro da Sociedade Americana de Oncologia Clinica (ASCO). Oncologista e Hematologista do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus e COR Mãe de Deus desde 1999. É co-investigador em linhas de pesquisa sobre anemia (fase III) e de leucemia linfocitica crônica (fase II). Participa em estudos clínicos de drogas alvo moleculares em câncer de pulm ão.
Saiba mais sobre o Instituto do Câncer Mãe de Deus
O Instituto do Câncer Mãe de Deus foi criado em 2004, com a intenção de expandir a cultura e a tradição oncológica para outras áreas fundamentais como a radioterapia, a cirurgia oncológica, a hematologia, o banco de sangue, a psicologia, a enfermagem, a farmácia, a nutrição, a fisioterapia e todas as outras áreas que fazem parte da complexa estrutura necessária para oferecer um atendimento de ponta e abranger todas as necessidades do paciente e de sua família.
A história mais recente do ICMD revela a inclusão de um qualificado grupo de cirurgiões oncológicos, em 2005, e do Centro de Oncologia Radioterápica, em 2007, além da aquisição do único aparelho PET-CT (Position Emission Tomography) do Estado, equipamento que une os recursos diagnósticos da Medicina Nuclear (PET) e da Radiologia (CT). Essas medidas implantadas pelo Instituto visam atender todas as três áreas básicas na abordagem terapêutica do câncer e oferecem o melhor tratamento e acompanhamento disponível atualmente no que se refere a essa patologia.
Acesse o site: www.institutodocancer.com.br.
Fonte: Comunicação Mãe de Deus
Autor: Comunicação Mãe de Deus
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte
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