Atualizado: 21/8/2011 9:47
Nova cédula de R$ 100 é a mais falsificada
Lançadas no fim do ano passado, as novas cédulas de R$ 100
foram cuidadosamente desenvolvidas por anos pelo Banco Central e pela Casa da
Moeda com um único objetivo: atrapalhar a ação de falsificadores. Mas, ao
contrário dos planos das autoridades, as novas cédulas são proporcionalmente
mais falsificadas do que as antigas, que estão nas carteiras dos brasileiros
desde 1994.
Números do próprio Banco Central revelam que a cédula mais
falsificada no Brasil atualmente é a nova de R$ 100. De janeiro a julho deste
ano, foi apreendida uma nota falsa dessas para cada 4.446 originais em
circulação. A possibilidade de encontrar esta nota falsa é mais que o dobro do
registrado entre as antigas de R$ 100: uma ruim para cada 8.983 boas. Ou seja:
pelos números, quem recebe uma nota nova de R$ 100 tem duas vezes mais
probabilidade de receber uma falsa que o sujeito que receber os mesmos R$ 100
com uma das antigas. Em fenômeno idêntico, proporcionalmente é mais fácil
encontrar uma nova nota falsa de R$ 50 do que entre as antigas.
Responsável pelo dinheiro em circulação no Brasil, o chefe do
departamento do meio circulante do Banco Central, João Sidney de Figueiredo, não
demonstra muita surpresa com os números e diz que a proporção de falsificações
sempre é maior quando as cédulas começam a circular. 'Essa ocorrência maior na
segunda família do real também aconteceu quando lançamos a cédula de R$ 20. Ela
também era muito falsificada no começo porque os criminosos viam uma
oportunidade, já que as pessoas ainda não estavam habituadas com o dinheiro
novo. Sem saber como é a verdadeira, algumas pessoas acabam recebendo a
falsa.'
Desde o lançamento das novas cédulas, o Banco Central tem se
esforçado em ensinar como reconhecer o dinheiro: as cédulas novas têm tamanhos
diferentes, faixa holográfica, imagens que se completam na contraluz e marcas
d?água com o valor da cédula e o desenho do animal impresso - no caso dos R$
100, uma garoupa. Para Figueiredo, a própria popularização das cédulas será o
principal inimigo do trabalho dos falsificadores. 'Normalmente, após um ano os
casos caem bastante porque muitas pessoas já conhecem o dinheiro.' As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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