Nesta quarta-feira, 06, uma notícia foi amplamente compartilhada por militares. OGeneral da Reserva do Exército Brasileiro, Sebastião Roberto Peternelli Júnior, pode ter uma posição de destaque no governo do presidente em exercício Michel Temer,do PMDB. De acordo com a Folha de São Paulo, o militar confirmou que foi indicado pelo Partido Social Cristão, o PSC, para presidir a Fundação Nacional do Índio, a Funai. Falta apenas o governo brasileiro autorizar sua posse. A notícia desagradou membros do Partido dos Trabalhadores (PT), que alegam que Peternelli defende o que chamam de "Golpe Militar", referindo-se ao período divergido por historiadores como Ditadura ou Regime Militar.
Em março do ano passado, o General usou uma página na internet para comemorar a data em que começou o Regime Militar no Brasil. Ele enfatizou que o país está livre do Comunismo há 52 anos graças a atuação do Exército Brasileiro. A postagem foi compartilhada por mais de 700 pessoas, mostrando que muita gente concorda com a tese do representante das Forças Armadas. Antes de ser indicado pelo PSC ao cargo na Funai, Peternelli chegou a se candidatar deputado federal em São Paulo. Ele teve pouco mais de 10 mil votos e acabou não se elegendo. O General faz parte do mesmo partido que elegeu no estado de São Paulo o deputado Pastor Marco Feliciano e, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro. 
Até o momento, de acordo com a Folha de São Paulo, o PSC foi o único partido que indicou alguém para o cargo da Funai. O General esclareceu no ano de 2014 que não defende uma nova intervenção militar no Brasil. De acordo com ele, hoje o país vive de forma extremamente democrática, diferente do que aconteceu em 1964. Por isso, ele não vê qualquer motivo para que os soldados possam tomar conta da política brasileira. O assunto é polêmica e reflete um temor do passado. Em tempos atuais, uma nova ditadura, seja em qualquer país, é algo bem improvável, justamente pela comunicação rápida dos tempos modernos, que fariam o povo possivelmente agir com grandes protestos.