Bernardo Mello Franco e sua coluna, hoje, na Folha de SP.
(...) A rebelião de Renan Calheiros contra o Supremo agravou o clima de confronto entre os Poderes. O peemedebista desafiou o tribunal ao ignorar a ordem para deixar a presidência do Senado.
Além disso, radicalizou a crise com ataques ao ministro Marco Aurélio Mello, que determinou seu afastamento do cargo.
Chamado pelos adversários de "cangaceiro", Renan agiu, na hipótese mais benigna, como coronel de província. Insatisfeito com uma decisão judicial, resolveu desobedecê-la, como se estivesse acima da lei.
Todo cidadão tem direito a reclamar da Justiça, mas não há democracia onde suas ordens são descumpridas.
O comportamento do senador é digno de uma República de Bananas.
Desde a noite de segunda (5), ele se recusa a receber o oficial encarregado de notificá-lo.
A birra gerou uma situação inusitada: o peemedebista deu entrevista e ajuizou um recurso contra o afastamento, mas oficialmente ainda não foi comunicado da decisão que contesta.
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