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18 de Dezembro de 2016


"Temer poderia negociar eleições antecipadas"


Prioridade de Temer deveria ser pacificar o país, segundo o ex-senador Pedro Simon

Por Márcio Juliboni

Uma das vozes mais respeitadas no Senado entre 1991 e 2015, Pedro Simon avalia que os chefes dos três poderes são culpados pela atual crise política que exaspera o país.

Por isso, acredita que apenas um grande acordo entre as principais forças conseguiria pacificar o cenário. A iniciativa teria de partir do presidente Michel Temer e nada deveria ser descartado: inclusive antecipar a eleição de seu sucessor.

Leia os principais trechos da entrevista a O Antagonista:

O Antagonista: Vivemos uma crise política ou uma crise institucional?

Pedro Simon: Não chega a ser uma crise institucional, mas é mais que uma crise política. Essa briga entre o Congresso e o Judiciário é muito ruim. Primeiro, veio a decisão monocrática de um juiz do STF para afastar o presidente do Senado – algo que cabe apenas ao plenário da corte. Depois, outra decisão mandando os parlamentares reverem matérias já votadas. É, realmente, uma interferência muito grave.

O Antagonista: O Judiciário se defende, alegando que apenas julga aquilo que lhe é encaminhado. O STF diz que os políticos não se entendem e a corte é chama a arbitrar...

Simon: Os recursos parlamentares são normais, pois há sempre alguém se desentendendo no Congresso. Mas a Justiça precisa avaliar também as intenções por trás de cada recurso. O Judiciário não deve ser favorável a uma matéria, só porque um parlamentar o acionou.

O Antagonista: Como o senhor avalia a Lava Jato?

Simon: A Lava Jato está realmente indo fundo; está mexendo em tudo. O Brasil não é mais o país da impunidade. Pela primeira vez, há políticos de grandes partidos sendo punidos: do PT, do PMDB, do PSDB. A Lava Jato está cumprindo muito bem seu importante papel.

O Antagonista: Como o senhor avalia a situação de Temer?

Simon: Temer está numa posição muito delicada. Seu maior problema foi montar um ministério com gente comprometida com o que se investiga. Com o Itamar foi a mesma coisa. Quando estourou o escândalo dos anões do orçamento, o chefe da Casa Civil se demitiu...

O Antagonista: Mas a diferença é que Itamar não foi citado em uma delação premiada...

Simon: A Lava Jato está mexendo na política inteira. Ainda acho que o maior equívoco de Temer foi montar um ministério com pessoas que já se sabia que poderiam dar problema. Agora, mesmo que ele não monte um gabinete de notáveis, precisa encontrar nomes que estejam acima disso, mesmo que sejam indicados pelos partidos.

O Antagonista: Objetivamente, o senhor acredita que Temer chegará a 2018?

Simon: Acho que não será um ato de violência que o tirará do poder. Mas é preciso discutir uma forma de apaziguar o país. Essa conversa tem de ser uma iniciativa dele, com as demais lideranças políticas. E, se ele concordar, pode-se discutir até a antecipação das eleições.
 

 
 
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