A última do juiz amazonense Vallisney de Souza, 51 anos, da 10ª Vara Federal do DF, foi a prisão dos quatro agentes do Senado por tentativa de obstruir a Lava-Jato, favorecendo os senadores Gleisi Hoffmann, Collor de Melo, Lobão, e certamente Renan Calheiros, que preside a Casa.
Sarney, não poderia deixar de ser, entrou no pacote.
Na Operação Greenfield levou à prisão os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS, a maior processadora de carne do mundo.
Para deixarem o cilindro, tiveram que desembolsar uma fiança de R$1,5 bilhão.
Por sua decisão transformou em réus o presidente do Bradesco, Luís Trabuco, e o dono do Banco Safra Joseph Safra, na Operação Zelotes, além de um dos filhos de Lula, Luís Cláudio e o ex-ministro Gilberto Carvalho. Não é pouca coisa.
Não menos; transformou o ex-presidente Lula réu num 3º processo.
Ao contrário de Sergio Moro, não é chegado a prisões temporárias ou preventivas, mas em outros escaninhos judiciais sua mão é por demais pesada.
Nascido em Benjamin Constant, onde o diabo se esconde, na fronteira com o Peru e Colômbia, ali, diria Euclides da Cunha, o vilarejo está à margem da civilização.
Conheço Benjamin Constant e confirmo que é mais bizarra que a Macondo de Gabriel Garcia Marques.
No pronunciamento de sentenças, Vallisney de Sousa deixa Moro no chinelo.
Enquanto este demora cerca de 9 meses para proferir uma sentença, a contar da aceitação da denúncia, o Torquemada amazonense precisou de apenas seis dias para condenar os 10 primeiros réus da Operação Zelotes.
Tudo somado, logo, logo Moro vai parecer fichinha, um generoso juiz de Vara de Infância, diante da implacabilidade do Juiz Vallisney, o Torquemada da corrupção brasileira, cuja história pessoal é uma belíssima crônica de superação.
E viva o povo brasileiro!
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