A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sob comando do juiz Sérgio Moro, caminha a passos largos para solucionar o mega esquema de corrupção que envolve a Petrobras. Com revelações altamente explosivas, o acordo de delação premiada será homologado pelo Supremo Tribunal Federal entre os membros da força-tarefa da Justiça Federal do Paraná e o senador petista Delcídio do Amaral. O conteúdo da colaboração traz informações e documentos de extrema gravidade envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

Lula e Dilma implicados

O conteúdo impactante da delação firmada com a força-tarefa da Lava Jato atinge em cheio Lula e Dilma. De acordo com Delcídio do Amaral, a presidente atuou decisivamente para manter na Petrobras executivos acusados de operar o esquema de corrupção na estatal, além de utilizar do seu poder para evitar a punição de corruptos e corruptores, com a nomeação de um ministro que fosse favorável à soltura dos réus. O claro propósito de Dilma era atrapalhar a Operação Lava Jato, pois havia tentado por três vezes junto ao ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, interferir nas investigações da Polícia Federal.
Delcídio citou também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que ele foi responsável por agir direta e indiretamente no sentido de tentar barrar as investigações. Lula teria ainda conhecimento profundo do propinoduto instalado na Petrobras. Delcídio deixou claro de que realmente participou de diversas reuniões e que Lula seria mandante de pagamentos de dinheiro com o firme propósito de comprar o "silêncio" de testemunhas. Já sobre a reunião em que Delcídio tinha como plano a fuga de Néstor Cerceró, cujo encontro foi gravado pelo filho de Cerveró, e que por fim ocasionou a prisão do senador petista, o mesmo informou que o grande mentor intelectual daquele encontro foi o ex-presidente Lula.

Fator Lewandowski

Um dos momentos intrigantes do depoimento de Delcídio à Lava Jato refere-se à reunião entre a presidente Dilma e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, ocorrido em Portugal. A reunião, com a presença do ex-ministro da Justiça, Cardozo, tinha como alvo a tentativa de soltura de réus da Lava Jato