quarta-feira, 29 de junho de 2016

Frascos de xampu e detergente que deixam sair até a última gota

Frascos de xampu e detergente que deixam sair até a última gota

Frascos de xampu e detergente que deixam sair até a última gota
O sabão gruda no plástico comum (esquerda), mas escorre totalmente na superfície tratada (direita). [Imagem: Philip S. Brown/OSU]
Oleofóbico
Logo você não precisará mais perder seu tempo tentando tirar as últimas gotas de xampu ou de detergente de seus frascos - ou desperdiçar seu dinheiro jogando fora uma quantidade ainda razoável do produto que teima em não sair do recipiente.
Philip Brown e Bharat Bhushan, da Universiade do Estado de Ohio, nos EUA, desenvolveram um novo revestimento "super-oleofóbico", ou seja, que repele fortemente qualquer substância oleosa.
O resultado é que o plástico revestido com a nova estrutura repele o xampu e o detergente - e diversos outros produtos oleosos de uso doméstico e industrial - da mesma forma que uma folha de lótus repele as gotas de água.
Outros produtos, ricos em água, como ketchup e outros molhos, já contam com embalagens antidesperdício. Já os surfactantes - as moléculas que tornam os produtos oleosos -, ao contrário da água, têm uma baixíssima tensão superficial, o que faz com que grudem no plástico facilmente, o que torna mais difícil lidar com eles.
O "Y" da questão
A técnica envolve revestir o interior do recipiente de plástico com estruturas microscópicas em forma de Y, que mantêm as gotas de sabão acima de minúsculos bolsões de ar, de modo que o sabão nunca realmente toca o interior da garrafa.
As estruturas em Y são construídas usando nanopartículas de sílica, ou quartzo, que recebem um tratamento para também não aderirem ao sabão.
A solução é mais simples do que outras técnicas já apresentadas ou que estão em desenvolvimento, além de poder ser aplicada ao material mais utilizado pela indústria de embalagens, o polipropileno.

Bibliografia:

Durable superoleophobic polypropylene surfaces
Philip S. Brown, Bharat Bhushan
Philosophical Transactions of the Royal Society A
Vol.: 374 20160193
DOI: 10.1098/rsta.2016.0193

Nenhum comentário:

Postar um comentário