domingo, 30 de agosto de 2015

O DESESPERO DE LULLA Os discursos inflamados feitos por Lulla nos últimos dias, dirigidos aos movimentos sociais, podem sugerir que ele se sente fortalecido e retomou a ofensiva. Bobagem. Lula está acuado. Espernear e atacar os mais de 2/3 da população que o repelem é apenas uma maneira de agarrar-se a um pedaço de pau para não ser tragado de vez pelo redemoinho da rejeição. Espertalhão como é, ele sabe muito bem que, nesse momento, caso se recolha, e tente se refugiar nas cordas, naufragará junto com Dilma com a rapidez de um Titanic. Sua hiperatividade é sinônimo de desespero e não confiança. Lulla fala à plateia domesticada de sempre - e que, quanto mais se reduz, mais encarniçada e virulenta se torna. Lulla insiste em atacar as elites, a quem chama de golpistas, fascistas, direita e outros adjetivos menos polidos. Pura retórica para inflamar militantes de carteirinha. Ele sabe que seu discurso cada vez mais se distancia do povo. Sabe que, a cada novo dia, se fortalece o consenso, entre o povo e não as elites, de que ele, Dilma e o PT devem ser retirados da condução do país e de nossos destinos. De que ambos são nocivos ao Brasil. Lulla insiste na dicotomia perversa entre esquerda e direita. É outro sinal de seu desespero. Não há uma luta entre esquerda e direita em curso no Brasil. Há, isso sim, um embate entre cidadãos honestos e larápios que delapidaram a riqueza nacional em nome de sua perpetuação no poder e do enriquecimento fácil. Entre trabalhadores de verdade e aqueles que, com sua incompetência, lançaram o Brasil naquela que talvez venha a ser maior recessão de toda a nossa História. Lulla perdeu o rumo. Mitômano, acha que, somente com o seu carisma, conseguirá reverter a situação. Quanta soberba... O povo brasileiro, em sua esmagadora maioria, já tem a certeza de que foi enganado e feito de otário nas eleições presidenciais do ano passado. E agora, com uma clareza crescente, enxerga no outrora tão festejado líder populista o verdadeiro responsável por toda a bandalheira que assola o País. É apenas uma questão de tempo. Cedo ou tarde, a verdade virá à tona. Por isso Lulla berra. Lulla foge. Lulla tem medo. Lulla quer se candidatar às eleições em 2018? Problema algum. Mas, primeiro, ele precisará chegar até lá. Mesmo que escape ao cerco da Operação Lava Jato, hipótese que considero remota, não escapará do julgamento do povo brasileiro. Da sentença cujo acórdão vai, a cada dia, sendo escrito nas ruas. Lulla. O Brasil não lhe quer mais.



José Ruy Gandra

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