quinta-feira, 14 de março de 2013

OS PETRALHAS SÓ FAZEM PROPAGANDA POSITIVA DE SEU GOVERNO, MAS A VERDADE É OUTRA, E NÃO ADIANTA DIZER QUE OS DADOS ESTÃO ERRADOS.


'Avaliação é injusta com Brasil', afirmam ministros sobre IDH

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FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O governo federal questionou os dados utilizados pelas Nações Unidas para o cálculo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) brasileiro e afirmou que o resultado é "injusto" diante dos avanços ocorridos no país nos últimos anos.
"A questão é: os dados brasileiros estão incorretos. A avaliação é injusta com o Brasil", afirmou a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (14).
A principal reclamação refere-se ao fato de o Pnud ter desconsiderado 4,8 milhões de crianças, entre 5 e 6 anos, que já iniciaram sua atividade escolar, e que teriam ficado de fora do relatório por falha técnica -- as Nações Unidas não consideraram a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos.
Com isso, o indicador dos anos de escolaridade esperados (o tempo que uma pessoa permanece na escola no Brasil) permaneceu igual entre 2000 e 2010 - 14,2 anos.
Alan Marques/Folhapress
Os ministros Tereza Campello e Aloizio Mercadante durante entrevista no Palácio do Planalto
Os ministros Tereza Campello e Aloizio Mercadante durante entrevista no Palácio do Planalto
POSIÇÕES
Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Educação), se esse indicador fosse atualizado, o Brasil subiria 20 posições no ranking - o país ficou em 85º na lista divulgada nesta quinta-feira. Para ele, os cálculos referentes à educação ficaram "totalmente distorcidos".
"Se estamos tão bem no emprego, se distribuímos renda, se reduzimos de forma destacada internacionalmente a população de extrema pobreza, por que o indicador de IDH não reflete tudo isso que fizemos? Isso dá uma distorção brutal. A situação do Brasil é de estagnação quando houve uma inquestionável evolução", disse Mercadante.
O Pnud assume que parte dos dados é antiga (de 2010 e 2005), mas que os usa por isonomia com outros países, única forma de poder comparar o Brasil com o resto do mundo.
"Nós recebemos esse relatório com sentimento dividido: de um lado o relatório qualitativo é bastante justo com o esforço que o Brasil vem fazendo [...] e por outro lado os indicadores continuam parados no mesmo lugar", completou a ministra Tereza Campello.
Segundo os ministros, técnicos do governo discutirão com o Pnud a fonte dos dados utilizados para o IDH. Esta não é a primeira vez que o Brasil aponta falhas no cálculo do indicador.
Editoria de Arte/Folhapress
Veja o ranking completo dos países de acordo com o seu IDH
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A FOLHA DE SÃO PAULO

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