domingo, 8 de julho de 2012

AINDA TEMOS QUE OUVIR ESSAS COISAS, AFINAL ROUBAR O POVO NÃO DIZ NADA.

Agora cozinheiro, ex-dirigente do PT diz torcer por amigos no mensalão

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FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
Em janeiro de 2008, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira anunciou que se dedicaria a "pilotar fogão" no restaurante da família, em Osasco (Grande SP), logo após fazer um acordo com a Justiça para ser excluído do processo do mensalão.
Mas hoje, depois de prestar 750 horas de serviços comunitários e se livrar da acusação de formação de quadrilha, Pereira mostra estar conectado ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, que ocorrerá em agosto.
Pereira admite erros da direção do PT no episódio, mas os qualifica como "políticos".
A palavra encaixa-se na tese do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, réu no caso, que alega que o dinheiro do esquema era para pagar dívidas de campanha, não para comprar apoio de congressistas.
"Erros políticos nós cometemos sim, o própio Delúbio já assumiu tudo isso. O erro que competia a mim eu já assumi. A minha parcela de culpa já está devidamente paga. Estou quite com a Justiça."
O ex-dirigente fez trabalhos de estatística em uma subprefeitura de São Paulo para cumprir o trato judicial.
"Mas o fato de a minha situação estar resolvida não me traz alegria não, pois amigos meus vão ser submetidos ao julgamento", diz Pereira. "Torço para que todos tenham o melhor resultado."
Sete anos depois, o ex-secretário do PT confessa que o caso ainda o assombra. "Hoje não tenho vergonha, ando de cabeça erguida, mas foi um processo lento."
Pereira conta que uma das atitudes mais difíceis foi se desvencilhar do episódio no qual foi acusado de ganhar uma Land Rover de uma fornecedora da Petrobras. No fim, devolveu o carro.
GASTRONOMIA
Depois de deixar a política, Pereira foi à procura de trabalho. Diz que tentou várias coisas, mas não conseguiu. "Decidi por algo que já fazia por hobby, que dependesse exclusivamente de mim."
Pereira fez um curso de culinária e agora é o responsável pela elaboração do cardápio do restaurante que a irmã está montando ao lado da lanchonete Tia Lela, negócio que divide com o irmão.
Na entrada do lugar, conhecido pela coxinha, está uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Do outro, uma banca para jogar no bicho.
No cardápio, ele quer harmonizar a cozinha caiçara com a mineira. Dessa mistura surgiu uma de suas especialidades, o "feijão tropeiro do mar", que combina feijão fradinho com camarão sete barbas, lula e polvo.
FOLHA.COM

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